quarta-feira, 16 de abril de 2025

Moda e tecnologia: O impacto dos NFTs nas grandes marcas

Em tempos de transformação digital, a adoção de novas tecnologias chegou a todos os setores, incluindo a indústria da moda. Não só redefiniu a forma como as marcas se relacionam com o público, mas também inaugurou oportunidades inéditas de criação de valor.

Uma das inovações que mais chamam atenção atualmente é a utilização de NFTs (tokens não fungíveis). Esses ativos digitais vêm conquistando espaço em vários setores, incluindo o mercado fashion, que encontra nos NFTs uma ferramenta para gerar exclusividade e engajamento.

E o ecossistema de criptomoedas é fundamental para a negociação e valorização desses tokens. O mercado cripto é amplo e variado, o que permite a chegada de todo tipo de inovações. Como vemos na listagem Binance, cada projeto oferece soluções inovadoras e possibilidades de investimentos.

Não é à toa que os NFTs chegaram ao radar das maiores grifes do planeta, impactando na construção de marcas.



O que são NFTs e por que importam para a moda

Os tokens não fungíveis (NFTs, na sigla em inglês) são ativos digitais únicos registrados em blockchain. Diferentemente das criptomoedas comuns, como Bitcoin ou Ethereum, esses tokens não podem ser trocados de forma equivalente, pois cada NFT possui características exclusivas que os distinguem entre si.

Na prática, eles funcionam como certificados digitais de autenticidade, conferindo propriedade e escassez a itens virtuais como obras de arte, colecionáveis e, mais recentemente, peças de moda. A exclusividade sempre foi um dos pilares da indústria fashion.

O lançamento de coleções limitadas ou colaborações especiais é uma das maneiras tradicionais de criar valor de marca e interesse por determinado produto. Agora, com os NFTs, as grifes podem oferecer, além de peças físicas, versões digitais únicas que podem ser negociadas em plataformas blockchain.

Dessa forma, o consumidor não adquire apenas um item, mas também a prova de sua autenticidade e originalidade. Segundo dados divulgados pela empresa de análise DappRadar em 2022, o mercado global de NFTs movimentou quase US$ 25 bilhões ao longo do ano. E o crescimento tem sido de cerca de 20% ao ano.

Embora o ritmo de crescimento tenha passado por algumas oscilações, 2024 teve o pior desempenho desde 2020, o interesse de grandes marcas na tecnologia se mantém em alta, impulsionando a inovação, a arte e o marketing de experiência. E várias grifes de luxo já investiram na criação e comercialização de coleções NFT.

Isso ganhou tração especialmente após o fortalecimento de plataformas de negociação de tokens e do maior envolvimento de públicos mais jovens, que cresceram em meio à cultura digital. A possibilidade de unir um item físico a seu correspondente digital, ou até lançar uma peça exclusiva somente em formato NFT, oferece diferentes alternativas de engajamento.

Um exemplo é o da Gucci, que em 2021 lançou uma série de NFTs em parceria com artistas renomados, disponibilizando aos compradores não só a arte digital, mas também experiências e benefícios especiais, como acesso a desfiles virtuais e eventos exclusivos. Já a Dolce & Gabbana realizou um leilão de NFTs esse mesmo ano que gerou um volume de aproximadamente US$ 5,65 milhões.

Ele incluiu peças digitais que existiam apenas no metaverso, mas eram revendidas em plataformas de criptoativos como itens raros de coleção. O envolvimento de marcas de luxo em iniciativas NFT garante relevância junto ao público interessado em inovação, além de criar oportunidades de receita que vão além do ciclo de lançamentos tradicionais.

Essa combinação de exclusividade e tecnologia atrai um novo perfil de consumidor, muitas vezes ligado ao mercado de criptomoedas e disposto a investir em produtos virtuais raros tanto para uso próprio quanto para negociação.

NFTs como estratégia de marketing e engajamento

As grifes que exploram NFTs veem nessa tecnologia uma forma de criar experiências imersivas para o público. Muitos projetos de moda digital oferecem acesso a eventos, desfiles virtuais, bastidores de coleções e até peças que podem ser “usadas” em ambientes de realidade aumentada ou jogos eletrônicos.
Essa aproximação com o universo gamer e o metaverso fortalece a presença das marcas em comunidades de nicho e abre caminho para colaborações inusitadas. O interesse dos brasileiros por tecnologias blockchain e criptoativos é cada vez maior. Segundo a pesquisa da Triple A, cerca de 10 milhões de brasileiros já possuem algum tipo de criptoativo,
O país está entre os dez maiores mercados de cripto do mundo. Além disso, dados da Receita Federal indicaram um aumento de 58% na declaração de criptomoedas, mostrando que a adoção desses ativos não se limita apenas a grandes investidores institucionais, mas também atinge o varejo.
Em relação aos NFTs, eventos como a São Paulo Fashion Week começam a flertar com o universo digital, e algumas marcas locais exploram coleções NFT para fazer a diferença nesse mercado tão competitivo. Para além do aspecto promocional, os NFTs podem gerar um novo fluxo de receitas e ampliar o ciclo de vida de cada criação.
Ao contrário das peças físicas, um NFT pode ser revendido várias vezes, e em cada transação é possível incluir royalties para o criador original ou para a marca. Essa mecânica traz um interesse financeiro adicional, tanto para os estilistas quanto para as plataformas que facilitam essa negociação.
Segundo relatório publicado pela Statista, a receita global de NFTs pode chegar a US$ 35 bilhões até 2027, impulsionada por setores como o de jogos, música e, certamente, moda. As projeções consideram a adoção cada vez maior de blockchain, a popularização das carteiras digitais e a busca das marcas por diferenciação em um ambiente cada vez mais concorrido.



O QUE VOCÊS ACHAM DESSE TEMA? JÁ OUVIRAM FALAR DOS NFTS?

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