Não sei se vocês lembram da Coluna Moda vs. Música aqui no Macho Moda, que eu convidava meu amigo Del Reis, Consultor de Novos Negócios, para escrever, pois bem, hoje temos mais uma vez a presença dele por aqui! Vamos viajar por dentro da história do Hoodie? GO!!!
Há quem diga que o conforto é o rei da vez, ainda mas em tempos de quarentena global induzida/conduzida por uma pandemia, em que sair de casa “deveria” ser proibido, e se produzir da cintura para cima é a nova onda (vide stories e fotos no Instagram), pois conforto é tudo ;)
E com isto logo vem em nossa cabeça conforto e o aconchego do #StayHome, ainda mais com frio que está começando na região sudeste. Estamos aqui falando do famoso e o Rei da Vez: o Hoodie. Moletom com capuz. Reza a história, que sua primeira aparição foi em 1930 pela Champion, e sim… era uma peça utilitária, e sendo peça utilitária era feita de lã grossa e o capuz bem durável, o intuito era manter trabalhadores aquecidos nos armazéns e docas em NYC, na corrida da verticalização.
Ainda nessa timeline, como a Champion trabalhava diretamente com algumas Universidades e departamentos de atletismo das High Schools americanas, não demorou muito para que os jogadores usassem seus próprios moletons com a marca da escola, e claro, chegava a ser status, pois era sinônimo de amor profundo um jogador que emprestava seu hoodie às suas namoradinha…
E não demorou muito com que essa peça saísse das High School’s para dominar as ruas, as passarelas e vitrines. Saindo do rótulo de uniforme para a mais alta expressão de estilo pessoal e luxo! E foi nos anos de 1970 que o Hoodie foi para o mainstream, afixou na moda e no lifestyle! E tudo isso graças as Universidades dos EUA com seus logos quando começou a ser comercializada. Também ao dançarino de break na cena Hip Hop nas ruas de NYC, além é claro, de grafiteiros que usaram para esconder o rosto enquanto rabiscavam suas artes em metrôs e edifícios.
Nos anos de 1980 para 1990, quando Los Angeles e NYC se tornaram o foco/berço do hip hop, o Hoodie se imortalizou como parte do “uniforme” de artistas que representavam a fervura generalizada de raiva “anti-autoridade” (como no caso recente de George Floyd no dia 25/05/2020 em que muitos foram para as ruas protestar, e observem, muitos de hoodies), junto com seu hoodie estavam bonés de beisebol encarnando a revolução sônica e muito além disso, de toda uma linguagem visual de como se vestir/representar/posicionar.
Enquanto os skatistas estavam para Supreme e os surfistas para a Stüssy levando tendências através de suas trupes, e o hip hop ganhou amplo sucesso comercial nesse paralelo, e o Hoodie se consolidou no vocabulário popular.
Em algum lugar entre o aquecimento de Rocky (sim Rocky Balboa - o Filme) e Enter The Wu-Tang, o hoodie deslizou silenciosamente na consciência mais ampla da “garotada”. Nos anos de 1980 Tommy Hilfiger e Ralph Lauren tomaram nota e seguiram o exemplo, os hoodies foram redesenhados de um cenário subcultural à um guarda-roupa chique e essencial entre os jovens criadores de tendências e pop formadores de opinião da cultura - aká o hype.
Ainda na ascensão de artistas de hip hop nos anos de 1990, com ares pró-gangue e anti-polícia nos maiores centros metropolitanos dos Estados Unidos, seus moletons folgados estavam ligados à criminalidade. ‘…Tal associação entre crime e criminosos persistiu nos anos 2000, com alguns shoppings do Reino Unido aplicando políticas "sem capuz" para impedir vândalos, furtos ou outros "comportamentos anti-sociais". Essas proibições foram originalmente direcionadas aos jovens, mas a campanha anti-capuz encobriu uma corrente racial profundamente enraizada…’
Em meados de 2010, veio a cultura hypebeast, que comungou o essencial reduzido do DNA do streetwear em objeto de desejo para milhares de fãs (e geralmente ricos). Antigos do streetwear como Supreme que vinham montando a cena do skate de Nova York e Los Angeles em camisetas e moletons por quase duas décadas, entraram nessa onda. Os recém-chegados ao cenário das ruas - Palace Skateboards, Golf Wang, e Kith, entre outros - entraram no ringue em coleções cápsulas de estréia inspiradas nos anos 90, cada uma estrelando um hoodie com o logo que definia cada marca. E chegamos ao ponto: O Street wear é o rei do Luxo?!
E no olimpo citamos marcas como Yeezy (do Kanye [GOD] West) e Vetements que são marcas com menos de 10 anos, e o que vemos são Hoodies e mais Hoodies que expressa um street wear high luxo - high end, além das colaborações, como Fenty x Puma de 2017 ou Supreme x Louis Vuitton que este é o supra-sumo do luxo e de uma cifra jamais vista quando se trata de Hoodie. E por mais que, tais colaborações fizessem parte de uma “aceitação” do high luxo com um street wear simples e do dia a dia (como citado acima de forma “marginal”), estes fazem parte de um seleto grupo de pessoas que tem acesso, visto que algumas peças chegam a R$16.000,00.
Enquanto isso, os hoodies brotam nas passarelas e nas marcas de moda mais renomadas e tradicionais. Nomes já estabelecidos como Gucci e Balenciaga, foram rápidos em colocar hoodies com seus logotipos, levando seus produtos ao mercado de streetwear. Além das marcas não-street como Dior e Celine tem
para venda suas peças de moletom, em que cada hoodie tem três dígitos no seu preço. Um hoodie da Gucci ou da Balenciaga se tornou tão comum quanto uma roupa formal sob medida, o que sustenta o faturamento e fazem delas maiores ($$$).
Enquanto isso, um novo nicho de mercado de moletons surgiu das mãos dos gigantes do hip hop que conhecem muito bem o estilo, cujos os antepassados da indústria da música haviam estabelecido o que era de fato o lounge wear.
Em 2016, Kanye West para o lançamento do álbum The Life of Pablo abriu uma série de pop-up stores em 21 cidades, lotadas de camisetas e claro, de moletons com a marca da localização da loja e as letras do álbum na fonte gótica exclusiva. A turnê Astroworld de Travis Scott em 2018 lançou sua linha também em pop-up store. Mais recentemente, Kanye West (novamente) com o Sunday Service segue os passos de The Life of Pablo, tanto na demanda quanto na influência para os influencers do Instagram.
Hoje, depois de uma longa jornada na história desta peça, e linha frente nos recentes protestos #BlackLivesMatter, o hoodie reina como um dos símbolos de status mais silenciosamente cool e fashion em nosso "dia a dia". Por quase um século, o humilde moletom com capuz passou de armazéns, para as gôndolas do Walmart, até chegar a página inicial da Farfetch…Com o streetwear sendo até no entanto uma indústria consolidada, o hoodie é básico e ao mesmo tempo
luxuoso, à medida que essa evolução continua, alguns moletons chamam atenção de quem o usa, pois percebemos de cara a exclusividade, o preço, e claro, a marca.
O hoodie encontra status em representar comunidades de ultra nicho, numa provação em saber se você sabe mesmo de streetwear, até à exclusividade ou o preço do privilégio, assim como conseguir um hoodie do Sunday Service no Coachella. Com o mundo em casa neste presente-futuro, é seguro dizer que o reinado do hoodie não está nem perto do fim.
Com cada post de uma celebridade, o street style, hip-hop e street fashion reina também, ficando cada vez mais forte em sua resistência e versatilidade. E embora suas habilidades de influência permaneçam intangíveis, o hoodie repousa sobre seu trono. O conforto é, e sempre será, o rei.
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Conteúdo escrito por Del Reis
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